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Ideias simples que podem salvar a sua relação

Antes, amava a forma como ele cantava desafinado, hoje, irrita-se com a forma como ele sorve a sopa… Se a sua relação anda naquela de chove e não molha, aqui ficam algumas ideias para não deixar que a sopa esfrie totalmente.

Ninguém está à espera que ao fim de 10 (20? 25?) anos de relação ainda se salte para a espinha um do outro a meio do corredor a qualquer hora do dia ou da noite, gritando ‘És a mulher da minha vida, Sónia Patrícia!’ e acordando os vizinhos.


Mas a ideia de ‘ah e tal, as coisas não podem ser como há dez anos’ é muitas vezes usada como desculpa para não se fazer nada, que sempre dá menos trabalho. Então o que podemos fazer para animar a vida amorosa? Não se assuste, isto não inclui sexo no telhado nem aulas de danças de salão a dois (enfim, esta última nem era mal pensada).


Mude de quarto


O objetivo não é entreter-se a decorar o quarto novo com almofadas em forma de coração. O nome de código da missão é ‘Fugir Das Crianças’. Se tem filhos, aconselha o site www.huffingtonpost.com, principalmente se tem filhos crescidos, a ideia é mudar o seu quarto para o mais afastado possível do quarto deles. Pode dizer que a luz a incomoda, que o pai ressona e não quer incomodar os filhos, ou que a ficha da televisão não chega lá. Se não puder mudar o seu quarto, mude o quarto deles. Se a casa não é o Palácio da Ajuda e não dá para andar com tanta revolução, comece a aproveitar as alturas em que os filhos não estão em casa, em vez de passar a vida a queixar-se de que ‘esta casa não é um hotel’.


Invente um convidado (inglês)


Imagine que tinha um importante convidado inglês em sua casa, sugere a psiquiatra americana Harriet Lerner (em www.oprah.com). Claro que íamos ter infinitamente mais paciência e de certeza que não desatávamos aos gritos porque o marido se esqueceu de dar os parabéns à sogra. É triste, mas somos mesmo mais controlados quando sabemos que há testemunhas por perto. “Da próxima vez que lhe apetecer perder as estribeiras, imagine o pobre Rupert a tentar dormir no quarto de hóspedes... e a ouvir tudo o que vocês dizem.”


Pare de o corrigir


É assim tão importante repor a verdade dos factos quanto à festa de casamento da prima Júlia? É assim tão importante dizer que estavam 150 convidados e não 170? Há coisas que não valem mesmo a pena a discussão...


Dê-lhe a mão


O sexo é importante, mas há outras formas de se ser físico. Todos os namorados o fazem: andam de mão dada, dão beijinhos no meio da rua de repente, por razão nenhuma senão a alegria de estarem juntos. “O toque é terapêutico, reconfortante e calmante”, explica o terapeuta sexual David Wygant. E quando se encontrarem ao fim do dia, encontrem-se com um abraço. Um abraço mostra ao seu parceiro que pensou nele enquanto esteve fora, que ainda o ama apesar de haver jantar para fazer e três máquinas de roupa para pôr a lavar, e que está lá para o apoiar no que for preciso.


Sorria-lhe de manhã


Se é daquelas que antes do primeiro café tem vontade de matar a primeira pessoa que lhe aparecer (que geralmente costuma ser ele), isto pode ser um esforço desumano. Mas não custa tentar. “Em vez de acordar sem uma palavra, diga-lhe qualquer coisa agradável logo pela manhã”, aconselha a psicoterapeuta americana Ashley Bush, autora (com o marido) do livro ‘75 Habits for a Happy Marriage’. “Pode ser ‘gosto tanto de acordar ao teu lado’ ou ‘adoro ser casada contigo’”. Claro que a Ashley Bush nunca acordou ao lado de um português há 8 horas privado de cafeína , que mesmo que ouça ‘meu amor ficas tão charmoso com a barba por fazer’ continua com vontade de nos arrancar a aorta pela costela esquerda, mas, mais uma vez, não custa tentar…


Mude de lentes


Há um sábio ditado português que diz que não se apanham moscas com vinagre. O especialista David Wygant acha o mesmo: “Na vida, conseguimos mais com mel e açúcar do que com zanga e veneno. Se quer manter a sua relação forte, tem de parar de pensar que o seu parceiro vai mudar. Aceite a ‘bagagem’ dele, e reze para que ele aceite a sua.”


A mesma opinião tem o psicólogo e sexólogo Fernando Mesquita: “Quando as relações estão numa fase menos boa, temos tendência a ficar mais atentos aos aspetos negativos que positivos. O que é mau passa a ser péssimo e o que é bom nem se repara! Na minha clínica, aconselho um exercício em que se procura mudar este tipo de ‘lentes’ e sugere-se que, pelo menos durante uma semana, o casal esteja mais atento às coisas positivas que o outro vai fazendo. Podem ser coisas tão simples como uma pequena mensagem carinhosa de telemóvel ou um beijo de “bom dia”.


No final do dia deverão partilhar duas a três coisas que tenham apreciado no outro. “Por exemplo: ‘foste ao banco por mim, telefonaste só para me dizer ‘olá’, fizeste amor comigo embora estivesses cansada…” Não custa agradecer. Os nossos pais ensinaram-nos a ser educados, mas é espantoso como nos fogem tantas regras de civismo com os que nos estão mais próximos…


Programe o sexo…


“Tal como marcamos uma consulta ou reunião de trabalho, é importante programar algum tempo para a intimidade”, explica o sexólogo Fernando Mesquita. “Pode parecer falta de espontaneidade, mas em alguns casos devemos encarar o sexo como uma tarefa que requer atenção, esforço e criatividade!”


Além de ‘programar’ (esqueça o lado informático da palavra) há estratégias simples que os casais podem adotar para melhorar a vida amorosa/sexual: “Passar a encarar o sexo como uma forma de ter e dar prazer”, explica o especialista. “Procurar variar (experimentar posições novas, introduzir fantasias e brinquedos sexuais na relação; etc.). É importante que se recordem que pode haver interesses sexuais diferentes e que a razão não pertence exclusivamente a um dos elementos do casal. Devem partilhar fantasias e conversas que estimulem o desejo sexual.”


… Ou não


“Muito casais vivem a sexualidade como uma espécie de guião de um filme onde o coito é obrigatório”, nota Fernando Mesquita. “Estipulem que em pelo menos um em cada cinco encontros sexuais não haverá penetração, para que tenham prazer doutras formas.”


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