Casais já não investem nas relações
- Destak
- 14 de nov. de 2016
- 2 min de leitura

Investimos cada vez menos nas relações a dois, alerta especialista, que não tem dúvidas: é preciso aprender a amar.
E se lhe disséssemos que a capacidade de amar, embora pareça instintiva, tem que ser aprendida? Ou que a sociedade em que vivemos está a mudar a forma como amamos? De facto, não somos nós que o dizemos, mas Fernando Mesquita, psicólogo clínico, especialista em sexologia e autor do livro Aprender a A.M.A.R. (edição Chá das Cinco), que não tem dúvidas: «o efémero está a passar para as relações».
Ao Destak, o especialista confirma que «as pessoas investem pouco na relação com os outros. Passamos horas a teclar com quem não conhecemos no Facebook, mas depois temos muita dificuldade, com aqueles que nos estão próximos, de estabelecer relações.»
O investimento é pequeno e a falta deste justifica também porque é que tantos casamentos acabam em divórcio.
«Assim que surgem as primeiras dificuldades, as pessoas têm tendência a virar costas.» O pior vem depois, em forma de arrependimento que, defende Fernando Mesquita, «é terrível». Mas evitá-lo não é assim tão difícil. Basta apenas apostar um pouco mais na relação.
Investir é preciso
A satisfação imediata é cada vez mais o principal objetivo. É assim na vida em geral e é assim também nas relações. Aqui, o conselho é «investir e esperar pelo proveito, que pode levar algum tempo. E que pode ter um sabor muito mais doce do que se só tentarmos a satisfação imediata.»
Aprender a amar é, pois, necessário e é isso que o especialista tenta ‘ensinar’ com o seu novo livro. Até porque é a falta deste ensinamento que torna mais difícil estabelecer laços afetivos com terceiros. Mas antes é preciso «uma auto-descoberta, que a pessoa se aceite a si mesma para poder aceitar o outro».
Carla Marina Mendes

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